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Existe seguro para catástrofes naturais, mas ele nem sempre é contratado


Quando o risco da ocorrência é muito elevado, seguradoras podem não aceitar os riscos naquela área.

O terremoto que devastou a Turquia e a Síria, com milhares de mortos nos dois países, serve como um aviso para prestarmos atenção na nossa insignificância diante da natureza e que não são apenas eventos de origem climática que podem causar destruição.

Um terremoto dura muito pouco tempo, a maioria não chega a um minuto, mas as ondas de choque são capazes de destruir e matar com terrível eficiência. As imagens da recente tragédia falam por si, não é necessária nenhuma explicação para entendermos o que aconteceu e nos horrorizarmos com suas consequências. A terra tremeu e arrasou o que estava em cima do solo, derrubando de castelos com mais de dois mil anos a casas pobres dos moradores de grande parte da região.

Se fosse apenas o terremoto, na escala em que ele aconteceu, já seria suficiente para causar danos impressionantes e matar milhares de pessoas, mas o evento ainda teve o auxílio da época do ano – é inverno lá – e das condições da população, a maior parte pobre, e com os sírios envolvidos numa guerra civil interminável.

O resultado foi uma das maiores catástrofes naturais dos últimos anos, com milhares de mortos e cidades inteiras praticamente destruídas.

Mas não são apenas os terremotos que causam danos de grande monta. Vulcões e tsunamis estão aí, sistematicamente atingindo áreas povoadas sem muito aviso prévio, o que causa catástrofes parecidas com o que acaba de acontecer no Oriente Médio.

Pompeia, na Itália, é o retrato do que um vulcão pode fazer. A cidade foi destruída e coberta pela lava que desceu as encostas do Vesúvio. Quem conhece a região sabe que há uma área de proteção criada pelo governo, mas será que se o vulcão voltar a entrar em erupção ela será capaz de evitar danos, ou Nápoles será simplesmente engolida pela fúria da lava?

Quanto à força dos tsunamis, basta lembrar o que aconteceu no litoral de países na beira do Oceano Índico em 2004. Ou no Japão, em 2011. Nos dois casos a destruição foi apavorante e o número de mortos, principalmente no Oceano Índico, atingiu a casa dos milhares.

Existe seguro para este tipo de evento, mas ele nem sempre é contratado. As razões para isso variam bastante, mas uma das principais é que parte deles ameaça países pobres e suas populações não têm recursos para contratar seguros. Outra causa importante é que quando o risco da ocorrência é muito elevado, as seguradoras não aceitam os riscos naquela determinada área, ou o preço do seguro praticamente inviabiliza sua contratação.

É o caso de Áquila, a cidade histórica italiana arrasada por um terremoto e a imensa maioria dos edifícios atingidos não estava segurada.

No seguro de vida a situação muda. As apólices cobrem os riscos e as indenizações são pagas. Aliás, foi o que aconteceu em 2004, mas, mais uma vez, como a maioria das vítimas era de moradores de países pobres, o total das indenizações não foi expressivas diante da tragédia. Os seguros de vida pagaram, basicamente, as indenizações para os beneficiários de turistas mortos.


Fonte: CQCS



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